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terça-feira, 11 de outubro de 2016

The 1975

Eu penso em morrer, mas eu não quero morrer. Nem mesmo perto disso. Na verdade, meu problema é completamente o oposto. Eu quero viver, eu quero fugir. Sinto-me preso e aborrecido e claustrofóbico. Há tanta coisa para ver e tanta coisa para fazer, mas de alguma maneira eu ainda me vejo fazendo nada. Eu ainda estou aqui nesta bolha metafórica de existência e eu não consigo descobrir o que como sair dela .

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Minha vó.



 por isabela benassi


as vezes eu acho que a vida gira em torno de um único ponto magnético:
minha avó nasceu sem registro certo, filha de índios e negros. ela não conheceu o seu pai porque ele morreu antes mesmo dela sair da barriga da sua mãe por causa de alguma briga por terras e provavelmente corpos.
depois disso, a minha bisavó saiu fugida desse lugar incerto porque era mulher e negra. ela fugiu tanto que criou seus cinco filhos (sozinha, sempre bom lembrar) cada um em uma cidade diferente do nordeste. infelizmente alguns morreram no caminho.
minha avó, alaide, nasceu em são joão do piauí - no piauí mesmo.
a gente não sabe o ano exato que ela nasceu, porque além de fugir de terras incertas e ter um pedaço de si em cada parte desse país, era comum que as mulheres mudassem suas datas de nascimento pra se casar mais cedo. tanto ela quanto a sua irmã trocaram seus registros pra poder casar – uma aos 16 e a outra aos 14.
mas eu suponho que ela tenha nascido mais ou menos em 1926.
em 1926 comemorava-se 41 anos alegóricos da abolição da escravatura e lá pros dias de 1942 ela saiu de são joão e casou com meu avô, pedro – que não cheguei a conhecer –, pra tentar achar emprego no sudeste.
quando eu era criança eu adorava ouvir a história de como eles tinham vindo parar em são paulo, porque pra mim o piauí era outro planeta de tão longe – hoje em dia eu percebi que o piauí fica não só em outro planeta como também em outro tempo, provavelmente a frente. ela e meu vô passaram três meses viajando até chegar numa cidade minúscula do interior paulista chamada rancharia – pode procurar no google, hoje em dia deve ter uns 20 mil habitantes. ela me contava que em cima do pau de arara costurava roupas a mão e vendia pelo caminho, amarrava tiras de couro pra fazer sandálias, além de desenhar. e ela sempre desenhou muito.
enquanto criava seus oito filhos - um deles é a minha mãe que nasceu em 1964 – ela aprendia a ler e assim aprendeu sozinha. eu criança ouvia ela me dizendo a estudar, afinal ela era a única da sua família que tinha aprendido a ler. meu avô não sabia ler mas me falam até hoje que ele era muito inteligente e amável. não cheguei a conhece-lo porque ele morreu quando a minha mãe ainda era criança, num “acidente de trabalho”, em 1973.
durante muitos anos minha avó ficou perturbada com o que aconteceu com ele e proibiu todo mundo de sair de casa até que os tempos melhorassem. os tempos não melhoraram e ela teve que criar oito pessoas sozinha enquanto as leis e as contas apertavam.
minha vó também ajudou minha mãe a me criar porque os tempos ainda não tinham melhorado nos anos 90. eu acabei crescendo meio sem jeito sob a aura mística que circundava minha vó, junto com toda a suas capacidades filosóficas de contar histórias e de cuidar de coisas – e de curar coisas. ela me curou de doenças horríveis, como a pneumonia e o niilismo. e ai de quem não acreditasse nela...

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mammon [selah]

Se o dinheiro é sua única motivação
A única coisa de bom que tem origem em seu trabalho
Logo menos vc vai estar usando o dinheiro pra comprar algo que motive de vdd
E vai estar trabalhando pra ter dinheiro pra poder comprar algo q te motive a trabalhar.


Viver não é sobre superar
Viver é sobre morrer tentando

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Landslide



Well, I've been afraid of changin'
Cause I've built my life around you
But time makes is bolder even children get older
I'm getting older too

terça-feira, 14 de junho de 2016

25 Factoides

Isso é só uma corrente de FB, mas acho que saiu algo de interessante, então resolvi por aqui também.
1 - Claro que começarei dizendo que odeio correntes, pra satisfazer os amigos q odeiam correntes, mas a real é q essa achei interessante.
2 - Acho que 25 é um número muito grande da fatos pra se dizer sobre uma pessoa desinteressante. Portanto, eu seria capaz de escrever 250 sobre mim fácil fácil.
3 - Eu gosto muito de escrever, e não sei ser sucinto, então, desista agora desse textão.
4 - Gosto muito de me expressar através de metáforas, mesmo que na maioria das vezes elas não o façam o menor sentido pra maioria das pessoas.
5 - Igual o Lucas, eu odeio filas, mas adoro arranjar treta nas filas.
6 - Um cachorro preto me acompanha há algum tempo, já deu muito trabalho, mas hoje está sob controle e quase somos amigos (Vide item 4)
7 - As vzs eu faço xixi sentado: é mais tempo ~útil~ pra se tuitar.
8 - Gosto muito de acordar cedo. Sério. 
Exceto quando é pra pegar ônibus lotado e ir trabalhar.
9 - Se vc chegou até aqui, acho importante que saiba q sempre tenho 5 razoes pra fazer uma lista dentro de uma lista: 
A. Todos gostamos de listas. 
B. Elas te ajudam a organizar as ideias. 
C. Você não precisa fazer o exato número de itens que prometeu no enunciado. 
C.2. exceto quando você coloca itens de uma outra lista nessa lista. 
D. Terminar o layout da página institucional.
10 - Meus papos de bar sempre acabam descambando pra espiritualidade e filosofia baseada em achismos, por mais que eu tente manter a conversa sobre menes e cultura nerd. Marco, Galinho, Rodrigo, Ricardo,Bryan, Junior, etc, sabem bem.
11 - Queria que meus olhos fossem iguais os do meu pai. 
12 - Eu canto na rua. Bem. Alto. 
13 - Gosto muito de pessoas com tendências artísticas, minas que tocam algum instrumento são instant crush, principalmente se for algo não mto convencional tipo cello, ou baixo (oi marta altesa). Sempre fico pilhando as pessoas pra largarem seus empregos e dedicarem todo seu tempo pra morrer de sua arte.  
14- Eu tenho um arsenal de memes e uso eles pra me comunicar no whatsapp, mostly com o Benjamin.
15 - Se eu largasse tudo hj e fosse viver com o que tenho em poupança, viveria tranquilo o resto da minha vida, contanto que eu morresse na próxima terça feira. 
16 - Gosto bastante do meu ~look~ careca de barba, apenas acho que preciso urgentemente ter um plano diabólico de dominação mundial pra harmonizar com ele. 
17 - Sempre culpo a falta de tempo por ser a grande vilã que me impede de fazer aquilo que acho que seria capaz de fazer (quadrinhos, ilustras, músicas etc). Mas a real é que o que paralisa mesmo é o medo de não ser bom o suficiente. 
18 - Eu queria ser bem popular no Twitter, tipo essa galera que aparece no melhores do Twitter, mas tenho me conformado em receber like nos meus posts deprê por aqui. 
19 - Já ouvi que uso advérbios em demasia pra me expressar. 
20 - Eu não conheço metade dos amigos do facebook como gostaria; e gosto de menos da metade de vocês a metade do que vocês merecem. 
21 - Se o Daniel começar a tocar violão em qqr canto da casa, eu troco o que eu estiver fazendo pra ir tocar/cantar/compor com ele. 
22- Eu tenho um blog. E um vlog. Well, mais ou menos. 
23 - Sempre que possível, eu troco pegar um ônibus por ir caminhando. 
24 - Faço várias poesias que jamais verão a luz do dia. 
25 – Eu amo desenhar mais que tudo. Bem, quase.